quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

NOTA DA INTERSINDICAL SOBRE A GREVE DOS RODOVIÁRIOS DA GRANDE BH

Belo Horizonte iniciou a semana com uma greve dos trabalhadores rodoviários metropolitanos. Dentre os pontos apresentados na pauta estão o reajuste salarial de 37%, carga horária de seis horas diárias, fim da compensação de horas e fim da circulação dos ônibus sem cobrador.
Os concessionárias do transporte público na Grande BH faturam milhões de reais diariamente explorando a utilização dos ônibus por parte da população, que paga uma das tarifas de transporte público urbano mais caro do país. As atividades destes trabalhadores, além de ser de alto nível de estresse, é de grande responsabilidade por transportarem vida, sendo mais do que justo reivindicarem uma remuneração digna pelo que exercem.

A greve, instrumento legítimo dos trabalhadores para pressionarem os patrões, alcançou a categoria quase totalmente, demonstrando a força e a decisão deste movimento. Como não poderia deixar de ser, a greve dos rodoviários alterou a rotina da cidade. Com um metrô ineficiente, a maioria dos trabalhadores metropolitanos contam apenas com os ônibus para se locomoverem até seus locais de trabalho. Com a greve, ficou clara a importância dos rodoviários para a cadeia produtiva, o que demonstra que merecem e devem ter suas reivindicações atendidas.

A INTERSINDICAL – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora – se solidariza e apóia o movimento grevista dos rodoviários, apesar da perseguição dos patrões, governos municipais, polícia militar e da grande mídia, que distorce os fatos e busca jogar a população contra estes trabalhadores.

O movimento não pode e nem deve se esvaziar na luta econômica, por mais vital que seja, no que tange a sobrevivência de milhares de motoristas, cobradores, mecânicos, pessoal administrativo, entre outros. A greve deve nos ensinar que é possível conseguir ganhos para a classe através da unidade e da luta, e o caminho está colocado para todos os trabalhadores e trabalhadoras; a construção de uma sociedade sem exploradores nem explorados, uma sociedade socialista.



VIVA A LUTA DOS RODOVIÁRIOS METROPOLITANOS!

ENQUANTO AS FAMÍLIAS CONCESSIONÁRIAS LUCRAM MILHÕES, AS FAMÍLIAS DOS TRABALHADORES PADECEM À MARGEM DA RIQUEZA QUE PRODUZEM

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